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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Faça uma viagem ao Rio antigo na cadência do samba

Plínio Teodoro
Uma máquina do tempo. Assim, muitos amantes do samba-raiz consideram os arcos cravados na região da Lapa, no centro do Rio de Janeiro. Um portal que leva a um passado recente onde o romantismo e o estilo simples de viver se fazia presente em canções de Cartola, Carlos Cachaça, Chico Buarque e outros tantos compositores do mundo do samba. Ali, onde bares com ares saudosistas se amontoam pelas calçadas, você pode iniciar uma pequena viagem no tempo, que pode ser facilmente cumprida em um roteiro de fim de semana, por um Rio de Janeiro que vive o samba mesmo depois do carnaval passar.



Na Lapa você poderá encontrar pelas ruas e botecos figuras que fazem parte do imaginário do samba, como Beth Carvalho, Nelson Sargento e Paulinho da Viola, que costuma comprar as cordas de seu violão na tradicional loja "Ao Bandolim de Ouro", na Rua Marechal Floriano. Não é nada difícil também você encontrar um deles soltando a voz em canjas com artistas desconhecidos que dedilham com a mesma responsabilidade - e muitas vezes com maestria parecida - as cordas de seus cavacos nos botecos da região.

Bares como o Carioca da Gema promovem uma interação da nova e velha geração de sambistas. Na casa, às sextas-feiras, são freqüentes as canjas de grandes nomes do samba durante a apresentação do grupo Semente, que acompanha Teresa Cristina, uma das maiores revelações do samba dos tempos atuais. O clima intimista do local, a boa música e o chopp gelado remetem a um Rio de Janeiro dos anos 30.

Outra boa pedida para a noite de sexta-feira na região é o Trapiche Gamboa. Entre a Pedra do Sol, a Ladeira do Valongo e o Largo da Prainha, o boteco instalado em uma antiga casa de pedra promove tradicionais sambas de roda, em um ambiente histórico que já acolheu nomes como Pixinguinha e João da Baiana. As sextas-feiras, Eduardo Gallotti comanda a festa acompanhado pelo grupo Centelha.

Para curar a ressaca da sexta-feira, nada melhor que um passeio de balsa pelas águas da Baia da Guanabara rumo à Ilha de Paquetá. O embarque é feito no cais da histórica Praça XV no Centro da Cidade. Em um trajeto de cerca de uma hora, os turistas viajam acompanhados de um visual fantástico que inclui belezas naturais como as Ilhas Fiscal e do Sol, e aquelas feitas pelo homem como a Ponte Rio-Niterói e a frota da Marinha brasileira.

Em Paquetá, a circulação de carros e motocicletas é proibida, mas você pode resgatar um pouco da infância alugando uma bicicleta para conhecer a ilha. O ponto fraco do passeio é o mar, extremamente poluído, mas as habituais rodas de samba que acontecem no Bar do Paulão (na primeira rua a direita, após o desembarque na balsa) costumam fazer qualquer amante da cultura brasileira esquecer que estão em uma ilha. Cunhada que 9 entre 10 mulheres gostariam de ter, Cristina Buarque - irmã de Chico -, uma das ilustres moradoras da ilha, sempre aparece no boteco, ao soar das primeiras batidas de tamborim.

Para quem não perder a última balsa, que deixa Paquetá às 22h15, a imersão no mundo do samba continua. Fundado em 1867, o Clube dos Democráticos, a mais antiga sociedade carnavalesca do Brasil, promove um grande baile de gafieira, nas noites de sábado, aos acordes da Orquestra Republicana, que conta com músicos como Marcelo Bernardes (sax, flauta e arranjos), Pedro Holanda (voz e violão) e Joana Queiroz (clarinete).

E como na linguagem de bamba, samba rima com solidariedade, o roteiro tem que ser encerrado com chave de ouro na Penha, zona norte da capital fluminense. Fundado em 1998 pelo saudoso Cloves do Violâo, o projeto "Meu Kantinho Centro de Cultura" funciona como uma escola de música para crianças carentes da região durante a semana. Aos domingos, o Meu Kantinho promove um grande roda de samba e choro, que começa por volta do meio dia e só termina depois que o sol se por.

Não é raro que sambistas ilustres como Nei Lopes, Zé da Velha e Joel Nascimento apareçam para dar suas canjas e engordar a caixinha que mantém o projeto exclusivamente com doações e o consumo de cerveja e porções pelos sambistas que por ali passam.

Sob o comando da filha Alessandra, desde a morte do pai Cloves no ano passado, o Meu Kantinho é a maior prova de um verso de Noel Rosa que revela que ¿o samba, na realidade, não vem do morro e nem lá da cidade, e quem suportar uma paixão, sentirá que o samba, então, nasce no coração¿.
SERVIÇO:
Carioca da Gema
Av. Mem de Sá, 79
Fone - (21) 2221-0043
Funcionamento: Todos os dias, a partir de 18:00 hs

Trapiche Gamboa
Rua Sacadura Cabral, 155 - Praça Mauá
Fone - (21) 2516-0868
Funcionamento: de terça a sexta a partir das 18h30 e sábado a partir das 20h30

Meu Kantinho Centro de Cultura
Rua Indígena, 62 - Penha
Fone (21) 3888-4743
Roda de samba e choro aos domingos, a partir do meio dia

- Balsa para Paquetá
Embarque na Praça XV
Horários: 05h15 07h10 10h30 13h30 16h00 17h45 19h00

Conheça a cidade de São Paulo de bicicleta



Conheça a cidade de São Paulo de bicicleta

Agência Andrés Bruzzone de Comunicação
Para quem quer conhecer um pouco da história de São Paulo e ainda pedalar, o Terra conta sobre um roteiro prontinho para fazer com outros ciclistas e também dá as dicas para quem ainda precisa ir num ritmo mais lento com a bicicleta. O Pedal das Estações é um passeio de bicicleta pelos principais pontos históricos do centro da capital, que já existe há 17 anos, mas é conhecido por poucos. O grupo de 100 ciclistas sai de manhãzinha do bairro Campos Elíseos e percorre mais de 20 km.


Roteiro
Os principais pontos do roteiro da Estação do Pedal são a Estação Júlio Prestes, onde está instalada a sala São Paulo de concertos; a Estação da Luz, construída com base na arquitetura inglesa, no século XX, próximo ao Parque da Luz e à Pinacoteca; o Mercado Municipal, onde é necessário tomar cuidado com carros; o prédio do Banespa, uma das vistas mais privilegiadas da capital; a Catedral da Sé, cartão postal da cidade; o Pateo do Colégio, marco zero de São Paulo; o Vale do Anhangabaú e a Praça Ramos de Azevedo até o imenso Theatro Municipal, construído em 1911 e atualmente em reforma; os viadutos Santa Ifigênia e do Chá, belos e muito movimentados; e, por fim, Campos Elíseos, ponto de partida e também chegada do passeio. Esse é um trajeto mais endurance, então, se você não se sentir preparado, é melhor preparar um roteiro que exija menos esforço físico.
Cuidado sempre
Prefira passear de bicicleta pela capital nos sábados ou domingos, quando algumas vias da cidade são transformadas em ciclovias. É o caso do Elevado Costa e Silva, conhecido como Minhocão, passarela que liga o centro da cidade à região da Pompeia. O Elevado lota de paulistanos e de turistas. É importante se lembrar de pedalar sempre à direita dos carros e evite usar fones de ouvido.
Há também ciclovias em avenidas, que têm parte de suas ruas fechadas para o tráfego de automóveis nos fins de semana. É assim nas Avenidas Juscelino Kubitscheck, na Vila Olímpia, e Inajar de Souza, na Vila Nova Cachoeirinha.
Park here
Outras opções são os parques. No Ibirapuera, além de haver ciclofaixa, é possível alugar uma bicicleta. Outros parques, menores, podem ser igualmente divertidos e repletos de verde e ciclistas: Parque do Povo - já foi percorrido de bike até pelo ex-Beatle Paul McCartney, quando visitou o Brasil em novembro de 2010 -, Parque Villa-Lobos, Parque do Carmo e Parque Anhanguera.
Para quem quer algo menos povoado e realmente exclusivo para ciclistas, uma opção é a ciclovia na Marginal Pinheiros, na zona sul. São 14 km de percurso, entre a avenida Miguel Yunes, em Interlagos, e a estação Vila Olímpia da CPTM. O único contratempo é o mau cheiro que o rio Pinheiros ainda pode ter em alguns dias; prefira percorrer o local nos meses mais frios.
Tendo uma bike, há muitos passeios que podem tornar seu final de semana diferente. Vá do Memorial da América Latina e do Parque da Água Branca até a sede da Prefeitura; ou do Masp até o Parque do Ibirapuera. Ao final do percurso, você vai ver que pedal, história, verde e São Paulo andam muito bem juntos.