Poucas pessoas perceberam a verdadeira
revolução que os funcionários concursados do Ministério do Turismo estão
promovendo. Trata-se de um grupo admitido por um rigoroso concurso
público, de jovens servidores, que estudaram muito para serem
classificados e convocados no momento mais traumático da pasta,após a
operação Voucher, que ontem completou um ano.
Ontem, na rede social, em um espaço
criado por estes novos servidores estava um desabafo, transcrito na
integra a seguir: “Ninguém publica quantos milhões de reais são
recuperados pelos servidores nas prestações de contas dos Ministérios,
no MTUR, por exemplo, a recuperação em 2012, chegou a R$ 38 milhões de
reais, recuperados pelo trabalho minucioso de servidores que ganham em
média R$ 2.200,00 mensais! Eu mesma em apenas 5 meses de exercício
consegui recuperar R$ 90.000,00 de uma única prestação de contas e há
outras aguardando devolução, algumas delas chegando a R$ 2.000.000,00. O
trabalho implicado na prestação de contas, esta sujeito a penalidades
até penais pelos órgãos de controle como a CGU e TCU!”
O trabalho destes servidores está
dificultando o clima de liberalidade existente na área de eventos e
principalmente depois dos ex-ministros Luiz Barretto e Pedro Novais
terem estabelecido duram regras para a execução das propostas.
A chegada de um corpo funcional próprio,
concursado, longe das influências políticas dos cargos de comissão está
criando um organismo vivo no próprio Ministério para funcionar como
anticorpos acabar com o abuso com dinheiro público.
O estudo de contratação de uma empresa
externa para analisar os convênios é uma forma que o Gabinete do
Ministro procura para destravar a analise de milhares de processos que
estão no limbo. O contrato da empresa não sairá barato e visa também
driblar o garrote vil que os novos servidores estão colocando na herança
recebida. A atitude poderá ser inócua. O processo depois de analisado
terá de ter assinatura de um servidor com fé publica para fazer valer a
analise e será este funcionário o responsável perante os órgãos de
controle das homologações feitas.
O uso político do Ministério do Turismo,
denunciando ontem em editorial do Jornal de Turismo, só aumenta o
cuidado dos servidores concursados com os processos dos convênios
oriundo das emendas parlamentares.
Hoje a comissão grevista terá uma
reunião com os dirigentes do Ministério do Turismo para tratar dos
reajustes salários. O MTur tem a mais baixa média salarial da Esplanada.
Criado em pleno arrocho salarial do funcionalismo publico, o Ministério
do Turismo precisa rever o seu plano de carreira e propor uma
remuneração condizente com a grande responsabilidade imposto aos seus
funcionários de carreira.
O movimento grevista, inicialmente
considerado “folclórico” pelo Gabinete do Ministro está ganhando adesão e
revela o alto grau de insatisfação salarial na pasta, que tem resultado
na perda de excelentes técnicos para outros concursos e até a
iniciativa provada.
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