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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Escrava Isaura, Literata mineira pede socorro para o Casarão





A caminho de Atafona às margens da BR-356, após ter documentado parte da história dos 175 anos da cidade de Campos dos Goytacazes RJ, para ser exibido no Programa “Raízes” no canal de TV de Manhuaçu MG, e que é também, retransmitido via WEB através da TV Manhuagito, foi que a Professora Universitária e Literata Manhumiriense – Lídia Maria Nazaré, deparou-se com uma das principais relíquias do acervo cultural da cidade: o “Solar dos Airizes”, que foi tombado pelo Patrimônio Histórico Cultural, e nada ainda foi feito, está totalmente abandonado e entregue ao matagal . . .



Veja Vídeo com matéria completa e documentário, e conheça o cenário onde foi gravado a Escrava Isaura:

A caminho de Atafona às margens da BR-356, após ter documentado parte da história dos 175 anos da cidade de Campos dos Goytacazes RJ, para ser exibido no Programa “Raízes” no canal de TV de Manhuaçu MG, e que é também, retransmitido via WEB através da TV Manhuagito, foi que a Professora Universitária e Literata Manhumiriense – Lídia Maria Nazaré, deparou-se com uma das principais relíquias do acervo cultural da cidade: o “Solar dos Airizes”, que foi tombado pelo Patrimônio Histórico Cultural, e nada ainda foi feito, está totalmente abandonado e entregue ao matagal. Por ser admiradora e especialista na àrea de Literatura Comparada, Lídia disse ter assistido, e se emocionado com cada capítulo da novela que se passou por quase todo aquele cenário ” A Escrava Isaura “, um romance de Bernardo Guimarães que teve sua primeira edição publicada em 1875, pela Casa Garnier, Rio de Janeiro. Com o romance, o mineiro Bernardo Guimarães, nascido em Ouro Preto em 1825, obteve fama, sendo reconhecido até pelo imperador do Brasil, D. Pedro II. Nasceu em Ouro Preto, em 1825. Tendo Cursado Direito em São Paulo, Bernardo foi colega de Álvares de Azevedo. Já formado, foi ser juiz em Catalão Goiás. Foi Jornalista e professor de Retórica e Poética do Liceu Mineiro. Em Queluz, ministrou aulas de latim e francês. Poucos anos depois, voltou a Ouro Preto, onde faleceu em 1884.
Escrito em plena campanha abolicionista, o livro de Bernardo Guimarães, que se tornou uma das novelas mais comentadas em todo mundo, conta as desventuras de Isaura, uma escrava branca e educada, de caráter nobre, vítima de um senhor devasso e de abuso sexual. A história se passa nos primeiros anos do reinado de D.Pedro II, nos Campos de Goitacases, à margem do Paraíba, no Rio de Janeiro.

Lucélia Santos apanha em cena da primeira versão de Escrava Isaura.

Leôncio era um vilão leviano, devasso e insensível que, de “criança incorrigível e insubordinada” à adolescente que sangra a carteira do pai com suas aventuras, acaba por tornar-se um homem cruel e inescrupuloso, casando-se com Malvina, linda, ingênua e rica, por ser “um meio mais suave e natural de adquirir fortuna”. Persegue Isaura e se recusa a cumprir a vontade de sua mãe, já falecida, que queria dar a ela a liberdade e alguma renda para viver com dignidade. Isaura, a heroína escrava, era linda, pura, virginal. Possuia um caráter nobre e demonstrava “conhecer o seu lugar”: do princípio ao fim, suportou conformada a perseguição de Leôncio, as propostas de Henrique, as desconfianças de Malvina, sem jamais se revoltar. Permanecia emocionalmente escrava, mesmo tendo sido educada como uma dama da sociedade. Teve escrúpulos de passar por branca livre, achava-se indigna do amor de Álvaro e terminou como a própria imagem da “virtude recompensada”.



SOCORRO AO CASARÃO DA ESCRAVA





FOTO RECENTE DO SOLAR DOS AYRIZES

“Foi tombado pelo IPHAN e a única coisa que fizeram foi colocar um telhado absolutamente novo (as antigas telhas coloniais se perderam) e fechar com tijolos as janelas que, por preguiça ou indiferença, não quiseram recuperar. Vai ao chão. Infelizmente como tantos outros. E o pior é que o dono não pode fazer nada”, O admirador Dudu Linhares conclui.



Muitos estão indignados com tudo isso que está acontecendo por parte das autoridades do Estado do Rio de Janeiro: desinteresse, irresponsabilidade, desrespeito, e ao mesmo tempo despreso a um Patrimônio Cultural tão importante na História do Brasil. Alguns admiradores das Artes, não entendem porque o Casarão foi entregue ao descaso. O Jornalista Gustavo Rangel, funcionário da Casa de Cultura Villa Maria de Campos deixa sua contribuição para o “Dia do Abandono”: Solar dos Airizes. Construído no final do século XIX, o local serviu de inspiração para o cenário do romance da “Escrava Isaura”, “que se tornou uma das novelas mais reprisadas mundo afora. Há alguns anos foi foi feita uma reforma no telhado e depois nada mais, pelo menos aos olhos de quem passa pelo local. De propriedade particular, tais recursos vinham do governo federal, através do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Acredito que o local seria ideal para um centro cultural, ou até mesmo um museu. Localizado na BR-356, estrada que liga Campos-RJ a São João da Barra-RJ, é notório o abandono” conclui.



Outro admirador diz: ” É com tristeza que ao passarmos pelo local o prédio esteja nesse estado. Percebe-se até que começaram a mexer no telhado, só que não avançam mais em nada com relação à restauração e principalmente com a abertura ao público para visitação como museu ou coisa parecida. A cidade perde muito em não valorizar e explorar a história de nossa região e do Brasil. Sempre recebo nossa cidade parentes e amigos de outros estados e fico envergonhado quando mostro a construção e com o total abandono do patrimônio. Sempre que viajo a outros estados percebo que muitas localidades, municípios e estados exploram tudo que podem para valorizar o turismo local. Vejo que a expressão ” o jardim do vizinho é sempre mais bonito” impera entre os turistas inclusive entre nós. Pena que as autoridades de Campos também não tenham essa visão. Podemos citar sem muito esforço de memória vários pontos a serem explorados tipo, Morro do Itaóca-Rato(Pistas de decolagem de Asa Delta, Para-pente e pista de bicicross sem manutenção, falta de estrutura como placas, bares, equipe de suporte, segurança, etc. Lagoa de Cima, idem, Imbé (Cachoeiras sem sinalização de acesso, segurança, bares,etc). Se for citar mais vou ficar a tarde inteira escrevendo. Enquanto isso no mar de lama”.



O estudante mineiro Matheus Portugal, 15 anos, mesmo não tendo conhecimento da obra, se encantou com o cenário cinematográfico. E de acordo com o que ouvíra da literata, disse que iria providenciar a obra para leitura.



A literata mineira Lidia Maria Nazaré, disse que as autoridades locais, terão que corrigir este notório erro. “O que dirão os estrangeiros que leram a obra, e assistiram a novela, se por um acaso resolverem passar por aqui para visitar o Solar e nada encontrar. Fica aqui o meu apelo, e pedido de socorro para este valioso Patrimônio Cultural de Campos dos Goytacases, para que não caia no esquecimento” conci Lídia Nazaré.





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